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MARCELO CARNEIRO

I. Sobre o autor

Autor dos livros As Faces de um Punhal, Sangue Sob Grades e Luzes da Noite (LitterisEditora/KroArt Editores),prefácios Desembargador TJ/RJ; Ator profissional, interpretou no Programa LINHA DIRETA - TV Globo; Colunista portal Inter.Net:www.br.inter.net e Colunista portal Wnet: www.wnet.com.br; e Bacharel em Direito, faz parte de uma equipe de advocacia criminal - RJ. Sites: www.marcelocarneiroescritor.myflog.com.br e www.equipecriminal.blig.ig.com.br Contato com o autor: marceloescritor@ig.com.br


II. Suas Obras


O Precipício da Vida

Em uma madrugada, uma menina estava à beira de um precipício, para suicidar-se. Desesperada, olhava o fim do abismo e pensava. Chorava e parava. De repente a menina escutou uma voz:
— Pula!
— Quem é você?-Perguntou a menina.
— Sou o paciente Desânimo, foragido do Manicômio Municipal.-Respondeu.
A menina olhava e não via ninguém. Desânimo continuou:
— Pula, menina! Você não tem nada a perder.
Porém outra voz surgiu do meio da mata, que se localizava antes do precipício:
— Não faça isso, criança. Você tem uma vida inteira pela frente!
A jovem tentou verificar que era, olhando novamente para a mata, mas não viu ninguém. Então, perguntou:
— Quem é você também?
— Eu sou o Sargento Bombeiro Esperança.-Respondeu a voz.
— E o que você tem haver com a minha vida? Você não sabe o que eu passo. Sofro muito; vendo balas nos sinais de trânsito, apanho em casa do meu padastro, se eu não vender as balas e ainda tenta me violenta...hã...hã...hã...-Disse a menina, chorando.
O Sargento Esperança,de forma calma, completou:
— Filha...eu sei que é terrível; porém braços você tem dois, pernas você tem duas, mas a vida, é única. Não encerre isto.
— Você me ajuda?-Indagou a menina.
— Venha, eu vou te ajudar...-Respondeu a voz da Esperança.
A menina se afastou da beira do precipício e sumiu em meio a mata.
O mais interessante nesta história, é que nesta cidade, ninguém nunca ouviu falar em nenhum Paciente Desânimo, foragido do Manicômio Municipal e nem em nenhum Sargento Bombeiro Esperança. Somente em uma médica, que saiu no Jornal da Cidade uma vez, pois tinha dois filhos, chamados ESPERANÇA e VIDA...


Banco da Aparência

Em um dia de pouco movimento, um banco de grande porte da capital seguia sua rotina diária. Clientes altamente bem vestidos, freqüentavam o luxuoso ambiente bancário. Surgiu então, empurrando a porta giratória, um senhor barbudo, de cabelos amarelados, camisa manchada, bermuda e chinelo, mal tratado, com uma sacola na mão direita. Os seguranças, ao verem o senhor, colocaram a mãos nas armas, preocupados com a presença da pessoas. O senhor então, seguiu, adentrando ao banco e se dirigiu ao balcão de informações:
- Por favor, moça, eu gostaria de falar com o gerente!
A moça, observando o senhor dos pés a cabeça, respondeu:
- Só...só um minuto.
- Obrigado.- respondeu.
O tempo passava, passava e nada do gerente atendê-lo. Quase uma hora e nada. O senhor então, resolveu abordar um funcionário que passava pelo saguão:
- Por favor, o gerente já pode me atender?
O funcionário com ar de aversão: - Eu sou o gerente...mas o banco já fechou, não sabia não?
O senhor, evitando-se aborrecer-se, não respondeu e ao encaminhar-se à porta giratória, para ir embora, foi interpelado por um segurança:
- O que tem na sua bolsa, senhor?Eu estou lhe vendo aqui faz quase uma hora. Abre a bolsa, por favor?
Neste meio tempo, chegou uma gerente que o conhecia, indagando:
- O que está havendo aqui? Eu o conheço, é o Sr. Juarez, fazendeiro!
Sr. Juarez, calmamente, abriu a sacola: Estava lotada de dinheiro, para ser depositado na sua conta, aberta a pouco tempo. O senhor, girando a porta e saindo, disse:
- Desculpe, filha, mas o banco já fechou!


As Aparências Enganam

Determinada noite, um jovem foi parado em uma blitz da polícia:
- Enconsta aí, meu irmão!- exclamou um mal policial.
O jovem parou o carro, abriu o vidro e perguntou:
- Pois não, algum problema? O senhor deseja algum documento?
- Quem faz perguntas aqui sou eu, meliante! Sai do carro e vira de costas.- respondeu o policial.
O jovem, não querendo se aborrecer, acatou tudo que o agente da lei determinou.Após ser revistado, seu carro vasculhado e ter levado um empurrão, o policial pediu sua identificação. Após olhá-la, mudou de cor, ficou branco que nem cera e exclamou:
- Desculpe, Dr! Me perdoe, eu não sabia que o senhor era uma autoridade! Eu tenho família! Deixa isso pra lá, por favor!
A jovem autoridade respondeu:
- Não posso, pois segundo o senhor, eu sou meliante...